domingo, 16 de dezembro de 2012

Um dia, uma semana

In Memoriam

Infelizmente, a segunda-feira viria com um balde de água fria. Terça fui trabalhar e descobri que minha amiga, a mesma de domingo, também tivera suas desventuras naquela segunda. Quarta foi dia de ficar em casa e pensar na vida. Na vida e no tédio. Para compensar, muitas atividades na quinta, incluindo uma visita à Biblioteca Pública do Paraná.Eis que começa a sexta-feira, às nove horas da manhã. Pego o ônibus e vou lendo Animal Farm. O livro, por alguma razão, mexe comigo. Amigo secreto seguido de almoço de confraternização no trabalho resultam no meu esporte preferido: observação de interações sociais. Fiquei tão absorto com a reunião que consegui esquecer como sempre fico perdido e isolado nessas situações.
Hora de voltar pra casa e dividir o ônibus com a amiga do trabalho. Parada no shopping, retomada do caminho. Teria o dia chegado ao fim?
Não. Descendo no ponto de ônibus, enquanto pensava nas mais recentes páginas de Animal Farm, vejo duas moças nos seus 15 anos andando de bicicleta. Uma delas, minha conhecida, tinha o rosto carregado de maquiagem. Ao mesmo tempo, avisto um dos bêbados do bairro (que por sinal eu também conheço de vista) cantando para elas o famoso versinho "Eu queria ser o banquinho da bicicleta". Um aceno para cada um.
Chegando perto de casa, a cereja do bolo: descubro que deixei a chave de casa no trabalho. O meu distante trabalho. Por sorte já tem gente em casa.
E agora, um sentimento me domina. O mesmo sentimento que me atingiu em tantos outros momentos da semana. Uma angústia inexplicável. As mais diversas razões, o mesmo sentimento. A semana ainda não acabou.

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