segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Faire du vélo

Ontem eu saí pra andar de bicicleta e, como quase sempre, tive um acidente. Na verdade foi uma queda bem inexpressiva, e, até onde me lembro, foi a primeira vez que caí sem me machucar (nem um ralado sequer!). Porém, ao chegar em casa, comecei a me lembrar de todos os tombos e afins que já tive envolvendo esse milenar meio de transporte, e percebi que um texto sobre eles podia valer uma risada ou duas. Segue o meu top 5 "acidentes épicos com bicicletas":

5. Atropelado por uma bicicleta - Ocorrido do fim do ano passado que me deu o título honorário de "pessoa mais imbecil do mundo". Eu nunca entendia como as pessoas conseguiam ser atropeladas por motos ou bicicletas, e sempre pensava que tinha que ser um gênio pra conseguir uma façanha dessas. Pois bem, eu andava feliz e faceiro BEM NO MEIO da ciclovia, quando ouço uma buzina atrás de mim. Sem pensar e nem olhar para trás, eu simplesmente dou um pulo pra minha esquerda. Simples assim. Momentos depois eu percebo uma bicicleta se chocando contra minhas costas...
Sentei-me no chão, tentando entender o que tinha acontecido. Olhei pra trás, o cara parado na bicicleta, sem saber exatamente se ria ou se me ajudava. Então eu comecei a rir: um misto de riso sem graça com incredulidade. No fim, trocamos algumas palavras rápidas e cada um seguiu o seu caminho.

Saldo: apenas umas escoriações leves (além do título, claro).

4. "Sem as mãos!" - Eu tinha ido até o Barigui dar uma volta e estava voltando pela ciclovia, num dos muitos pedaços onde ela se junta com uma ruazinha qualquer e fica mais larga. Desde a ida, estava tentando praticar a arte de pedalar sem segurar no guidão e aproveitei o trecho mais amplo para esticar um pouco mais esse período sem colocar as mãos de volta. Desnecessário dizer que perdi o controle e o resultado foi um belíssimo tombo no meio do asfalto...

Saldo: além de umas escoriações não tão leves, alguns hematomas mais duradouros. A bicicleta saiu intacta...

3. Quase atropelado por uma Kombi - Dessa vez eu estava nas imediações do Parque São Lourenço, mais precisamente num trecho onde a ciclovia vai acompanhando a rua Mateus Leme. Eu me aproximava de um cruzamento sem sinal e, percebendo o fluxo de veículos na via principal, resolvi pedalar mais rápido para atravessar a rua antes que os dois carros que estavam parados esperando uma deixa pudessem entrar. O fato é que, para atravessar, eu precisaria passar entre a traseira de um Passat e a dianteira de uma Kombi (é, isso deve ter acontecido há pelo menos 10 anos...). No momento em que eu "piso" na rua o Passat vê uma oportunidade e começa a andar, no que a Kombi simplesmente segue o fluxo sem pensar, atingindo a traseira da bicicleta...
Por sorte eu estava mais concentrado em pedalar rápido que qualquer outra coisa, de modo que a parte de trás da bicicleta simplesmente ricocheteia no ar e volta à linha normal, antes mesmo de eu me dar conta da pancada! Eu paro uns metros adiante para olhar pra trás e ver o motorista da Kombi descendo atônito, perguntando se eu estou bem ao mesmo tempo que pula na frente do veículo para verificar amassados ou coisas do gênero. Eu olho pra ele, pra bicicleta, digo que tá tudo bem e saio em disparada...

Saldo: Até onde eu tenha visto, nenhum dano material. Talvez um risco no para-choque da Kombi...

2. Capotagem - Eu tinha acabado de sair de casa e estava chegando na avenida principal, em um trecho com cruzamento da linha férrea. Por alguma razão, eu resolvi passar por cima de um pedaço que se assemelhava a uma guia elevada de calçada. Caso ainda não tenha ficado claro, meu entusiasmo por bicicletas é inversamente proporcional à minha habilidade com as mesmas, e o resultado dessa manobra foi uma batida seca da roda da frente, seguida de violenta propulsão do ciclista em questão para frente. A bicicleta, por outro lado, girou em perfeitos 180 graus, aterrissando exatamente sobre o guidão e o selim...

Saldo: Escoriações, hematomas e um garfo de bicicleta quebrado.

1. Atropelado por um ônibus - A mais antiga e bizarra de todas as histórias. Pra começar, ocorreu a 30 metros da minha casa. A rua é uma via local, sem tráfego, com um "S" no meio, e eu estava vagando por ali, despreocupadamente. De repente, na direção oposta, vem um ônibus escolar, e não um ônibus escolar qualquer: aquele era o mesmo ônibus que me levava todo o dia de manhã para o colégio. Mais: naquele momento, ele trazia a minha irmã de volta da aula. A rua não é exatamente estreita, mas é natural que um ônibus (não um micro-ônibus, um ônibus mesmo) fechasse bem a curva para a esquerda, de modo que a roda dianteira esquerda do ônibus acabou pegando em cheio a roda dianteira da bicicleta...

Saldo: Como eu tenho muito mais sorte do que juízo, saí do acidente apenas com um dedo da mão esqueda quebrado (trincado pra ser mais preciso) e uma ou outra escoriação leve. A roda da frente da bicicleta, claro, foi aniquilada. Quanto ao resto, nada de mais. O ônibus mesmo, salve algum engano, saiu "ileso"...

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