sábado, 12 de julho de 2008

Ser ou não ser, eis o plágio

O título deveria ser só "ser ou não ser", mas ficaria tão ridículo e batido q resolvi acrescentar algo mais; no fim das contas, o texto só tem ligação com a primeira parte mesmo...
Eu estava lendo Holly (eu recomendo) hj e algo muito estranho me veio a cabeça. Vc pode acreditar em Deus ou não, ser católico ou evangélico. Ok, isso é problema seu, e vc deve respeitar as diferenças. Será?
E se vc for vegetariano? Olhe q coisa engraçada... Se vc acredita ou não num pós-vida, quem vai ter problemas ou não é vc. Tudo bem q, a princípio, vc deve difundir "a palavra" caso acredite nela, entretanto não tem q simplesmente esquecer os q não acreditam e não escutam. Ainda "a princípio", vc deve respeitar as diferenças. Ter pena da humanidade é uma coisa, mas fazer o certo pra vc mesmo é o mais importante. Se vc for vegetariano, não é bem assim. O problema não é com as outras pessoas, é com toda uma outra raça de seres. E se vc "simplesmente" fizer sua parte, não vai adiantar. De certa forma, vc não pode respeitar um "onívoro". A salvação não é pra si próprio, é para outrem.
Quer um argumento um pouco pior? se vc for onívoro, tanto faz! vc pode respeitar um vegetariano, pra vc não interessa se ele come carne ou não. Não há problema se um animal a mais ou a menos foi sacrificado pra alimentar uma pessoa a mais ou a menos...
Pra fechar esse raciocínio, eu só queria colocar q não apoio uma matança desenfreada de animais para simples consumo humano. No entanto, eu tbm não vejo nada de errado num manejo sustentável. Talvez eu até pudesse justificar a necessidade humana de carne como natural.
O q eu faço agora se alguém tentar me convencer de q eu não devo comer carne? Digo pra ele q vou continuar comendo carne, mas se ele vier me matar qqer hora, em represália, tbm não tem problema!?

Complemento em 13 de julho, às 16:00 - Dei uma relida no texto, e acho q não consegui passar exatamente a idéia q eu queria. Eu gostaria de mostrar q, às vezes, não basta simplesmente acreditar em algo, vc tem q lutar e mudar a concepção das outras pessoas tbm. A última frase é uma espécie de ironia, demonstrando q eu entendo e respeito a luta de um vegetariano, mas q isso em si não basta e nem poderia bastar para o vegetariano de verdade. A grande questão seria essa: como tentar convencer os outros de algo q eles não querem ser convencidos sem gerar um "mau" conflito? exemplificando um pouco: vc e seu amigo tem idéias completamente divergentes, e ambos entendem perfeitamente o lado em q o outro está. Porém, para um dos lados, não basta simplesmente q o outro entenda. Até por uma questão de coêrencia ideológica, vc PRECISA q o outro MUDE de opinião e/ou comportamento.
Se vc e sua namorada torcem pra times diferentes, não há necessidade de um ou outro mudar de time. Agora, se meu colega de classe acredita q a guerra e a destruição são a solução para a paz mundial, eu preciso não só q ele aceite minha posição em relação a paz, mas q tbm mude de lado, e promova essa paz, em detrimento dos conflitos destrutivos...

3 comentários:

Anônimo disse...

Pois é, colega blogueiro. Esta é a grande questão do limite da luta..E é complicado.
Mas na verdade, o posicionamento, no meu caso é um tanto político. Acho importante sempre colocar argumentos, chocar, me posicionar. Embora não possa viver o tempo todo engajada, pois caso contrário colocaria minha vida pessoal em constante conflito.
Para você entender: meu marido come carne (não muita, mas come), minha família também.
Então se eu viver pregando o que acredito para eles, me tornarei insuportável. Meu casamento seria um desastre se eu fosse intolerante.
MAs tento aproveitar momentos para me posicionar. E o blog é exatamente um espaço de posicionamento. Então, vira e mexe, eu jogo algo...

O que mais me chamou atenção no no seu post é o diferenciamento que você conseguiu enxergar entre a causa do vegetarianismo e outras como religião, por exemplo.
Porque esta diferença é raramente notadas pelas pessoas.
É muito difícil mesmo alguém se tocar que lutamos por outros seres, não apenas por nossa escolha pessoal.
Sem contar, o quanto somos motivo de piada....e por incrível que pareça, tem muito onívoro que se ofende com nossa escolha. É como se desafiássemos algum mandamento da biblia das churrascarias, sei lá...Para muita gente, não comer carne é algo tão ofensivo quanto bater na mãe por causa de mistura, entende...

No mais, acho importante que as escolha sejam baseadas em informação. Por isto acho que devemos mostrar imagens, contar o que ocorre nos matadouros, como os animais sofrem.
Se iludir que cada boizinho toma um remedinho e apaga sem a mínima dor é conveniente demais, não?
E é isto que grande parte dos onívoros faz. Por isto é tão importante se posicionar.

Valeu o debate!!
Belo post!!

Anônimo disse...

Como ser antropófago sem criar um "mau" conflito? hahahaha...

Às vezes penso nessa questão do "meu limite termina quando começa o do outro"... Mas sempre lembro do que o personagem de "A Queda" do Camus que disse que "a toda razão sempre se pode contrapor uma razão" o que faz com que a discussão não acabe nunca.... Tornamo-nos lúcidos, substituímos a discussão pelo comunicado, dizemos simplesmente "É assim e pronto! E se não acreditar, daqui a alguns anos, a polícia virá para mostrar-lhes que tenho razão." A força é mais eficaz que os argumentos.

misrael

Anônimo disse...

Somos onívoros porque precisamos de proteínas, naturalmente obtidas da carne. A lei do menor esforço conta na biologia, e é muito mais fácil extrair certos nutrientes de comida animal que vegetal. O ponto não é esse. Não é errado para o homens comerem carne, como não é errado para um tamanduá. O que é errado é manter milhares de animais em regime de crueldade e matar outros milhões em prol da ambição humana.